quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Alimentos Frankenstein

O personagem de ficção Victor Frankenstein tinha um grande plano: criar vida. Ele juntou pedaços de vário corpos para formar uma criatura . Depois de dar vida a esse monstro, ficou horrorizado com o que havia feito: um monstro! O ser humano deveria criar novos tipos de plantas para se alimentar ou será que existe perigo de inventar algo monstruoso  como a criatura do Dr. Frankenstein? Quem se opõe a modificação do material genético das plantas, usadas como alimento, usa esse argumento contra os chamados alimentos transgênico. Eles dizem que os transgênicos podem ter efeitos prejudiciais à nossa saúde ainda não previstos. Por outro lado, quem defende os transgênicos diz que eles podem ter características positivas, tais como resistência a insetos ou maior teor de vitaminas. Como se vê, há muitas perguntas que envolvem a questão dos transgênicos. Dois pontos se destacam: se eles podem ser nocivos a saúde e qual impacto ambiental podem causar.


Arroz.
Bilhões de pessoas na Ásia dependem do arroz como sua principal fonte de calorias. Alguns tipos desse cereal atualmente comercializados foram geneticamente modificados para conter maior teor de vitamina A (betacaroteno), ferro e zinco. Para isso, foram usados genes de junquilhos e de bactérias. Mas será que é seguro comer esse arroz? No curto prazo, parece que os alimentos transgênicos são seguros. Porém, as pessoas ainda não se alimentam com ele tempo suficiente para saber se existem efeitos de longo prazo.


Milho.
Os genes usados para criar os transgênicos podem vir de diferentes organismos. Alguns tipos de milhos resistentes a insetos, por exemplo, têm material genético de certas bactérias. Um fato recente, envolvendo uma espécie transgênica cultivada nos Estados Unidos, causou polêmica. O pólen desse milho foi levado pelo vento e ultrapassou a fronteira norte- americana ou foi plantado por agricultores no México, onde o plantio de milho predominantemente transgênico é proibido. Os oponentes temem que esse milho transgênico altere as variedades nativas do milho mexicano.

você
SABIA?................................................................
-CERCA DE 80% DO MILHO PLANTADO NOS ESTADOS UNIDOS EM 2008 ERA DE SEMENTES GENETICAMENTE MODIFICADAS.
-A LAGARTA- DA- ESPIGA (HELICOVERPA ZEA) É A PRAGA MAIS DESTRUTIVA PARA O CULTIVO DE MILHO. ELAS SE ALIMENTA DOS GRÃOS DA ESPIGA.


Tomates.
Os primeiros tomates transgênicos chegaram ao mercado em 1994. Suas sementes foram modificadas para não produzir um substância que os fazia apodrecer. Isso os deixava frescos por mais tempo. Só que eles também continham genes que os tornavam resistentes a antibióticos. Os médicos, então, alertaram que isso poderia prejudicar nossa saúde, e os tomates deixaram de ser vendidos.


Grãos de Soja.
Quase todos os grãos de soja nos Estados Unidos são sementes modificadas. Elas são resistentes a herbicidas usados para matar ervas daninhas. Mas, em 2009, mais agricultores começaram a plantar grãos de soja não transgênica porque o preço subiu demais.



Morangos.
Embora os morangos hoje cultivados comercialmente
sejam maiores do que esses dos Alpes, eles não
tem o sabor intenso dos morangos silvestres.
Muitos opositores aos transgênicos argumentam que técnicas tradicionais de cultivo seletivo  poderiam ser usadas para desenvolver características favoráveis nos alimentos. Isso ocorre naturalmente, às vezes. Os morangos cultivados no mundo inteiro, hoje em dia, são uma mistura de duas espécies diferentes que se cruzaram por acidente na Europa, em meados de 1700. Eles são frutos bem maiores do que os originais. 


Quando o botão do algodão está maduro,
 ele floresce, deixando à mostra as fibras brancas
e macias que envolvem a semente.

Algodão.
Grande parte do algodão comercializado, hoje em dia, foi geneticamente modificado para resistir as pragas.



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